terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Entrevista a Cátia Ferreira


Cátia Ferreira, 32 anos, mulher de uma força extraordinária. Aos 16 anos já desfilava em passerelles e já vencia vários prémios de beleza.
Um exemplo de vida, agarrando-se com toda a força às coisas boas da vida mesmo quando não as havia, e quando tudo parecia um grande pesadelo.




Descreve-nos a tua infância, o que gostavas mais de fazer?
  
           A minha infância foi muito feliz… Acho que nos dias de hoje nenhuma criança vai conseguir ser tão feliz quando nós eramos naqueles tempos. Íamos para a escola a pé, por mais longe que ela fosse, brincávamos na rua, misturávamos as bonecas e os carros comprados nas lojas com os utensílios feitos das pedras e paus encontrados no meio dos campos… Eu adorava tudo aquilo… Outra coisa que fazia parte de todas as minhas brincadeiras eram as manequins, aliás, queria ser como elas, então vestia e despia roupas da minha mãe, punha maquiagem e desfilava pela carpete do meu corredor… Era muito estudiosa e só quando terminasse os deveres é que me permitia brincar, mas não era um sacrifício, era já a pensar que “um dia serei médica”… Era muito sonhadora!...


    Consegues explicar-nos a grave situação de doença que tristemente te aconteceu? 

             Como referi, não me custava nada estudar as matérias dadas nas aulas e mais que fosse, porém todo esse estudo começou a notar-se pelo lado negativo e as dores de cabeça faziam-se notar, eram mesmo muito fortes e constantes. Fiz todos os exames possíveis só que não detetaram nada. Até que um dia, tinha eu 18 anos, numa aula de química, o meu braço direito começou a ficar um pouco atrapalhado e com isto eu também. Visto que não sabia o que se passava e tudo aquilo me parecia muito estranho, saí da sala de aula para ver se apanhava ar mas o que é certo é que cada vez ficava pior. Até que caí e não me lembro de mais nada… Tive 3 dias em coma… Acordei e não sabia bem o que se passava. Não sentia nada do meu lado direito, braços, pernas, cara… nada! Nem falar eu conseguia! Vim depois a saber que tive um derrame cerebral.
 
 
                                    Onde vais buscar a tua força interior?
 
           Sinceramente não sei… Talvez nos meus animais que precisam que eu esteja bem para eles poderem estar bem também. E se hoje eu estou aqui por algum motivo será. Por isso tenho de manter-me o melhor possível. Ás vezes é complicado… Mas não devemos demonstrar, devemos ter sempre um sorriso aberto nos lábios!
 
                                                                            Quem são os teus ídolos?
      
           A minha mãe! Ela é sem duvida a melhor pessoa neste mundo.
 
 
     O que te dá mais prazer em fazer hoje em dia?
             
                  Gosto muito de passear. Como não tenho dinheiro para dar a volta ao mundo, vou-me contentando com o nosso simples mas extraordinário país. Desde as mais conhecidas cidades, a aldeias de que nunca ninguém ouviu falar, mas que possuem o seu magnifico encanto.
 
    O que mudavas no mundo se o pudesses fazer?
             
                Mudava tanta coisa! Não vou dizer que acabava com a fome e as guerras neste mundo, porque isso já sabemos ser impossível, mas tentava ajudar quem eu pudesse para que vivêssemos num Portugal menos cruel.
 
Quais os teu pratos favoritos?
             
                Os meus pratos favoritos são arroz de pato, arroz de marisco e bacalhau com natas feito pela minha mãe.
 
 
   Três figuras públicas que levavas contigo para uma ilha?
             
                 Penso que não levava nenhuma… Porque depois não sabia o que falar com elas, nem o que havia de fazer… Penso que escolhia três bons amigos, com os quais eu iria, com certeza, saber o que fazer! 
 
 
                             Qual o maior defeito do ser humano?
        
              O ser humano tem tantos defeitos! Mas o maior talvez seja a hipocrisia.
 
 
                                         Quem é hoje, a Cátia Ferreira, como te descreves?
          
           Acho fundamentalmente que dou muito valor ao amor e à amizade. Admito que por vezes não demonstro isso, mas farei sempre o que puder para deixar uma pessoa a sorrir ou um animal bem disposto, nem que seja com um pouco do meu tempo para o ouvir, ou para fazer uma caricia… É bom termos alguém para nos fazer isso…  
 
 

 

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