Liliana Castro, 25 anos, canta e encanta por esses palcos fora. A vocalista natural de Coimbra ama a vida, e a sua irmã e o Willy enchem-lhe o coração todos os dias. Simpática e de sorriso fácil, esta jovem adora cantar, fazer desporto e tem o sonho de ir à Disneylândia
O que leva a alguém a tirar mestrado em
psicocriminologia como tu estás a fazer?
Sempre me fascinou a área da psicologia. Na
altura que concorri para a Universidade coloquei psicologia como terceira
opção, pois pensava que não teria futuro a nível profissional quando terminasse
a licenciatura. No entanto, finalizei o meu percurso académico como Intérprete
de Língua Gestual Portuguesa e infelizmente nunca exerci esta profissão. Por
isso, o conselho que dou é mesmo o de seguirem os vossos sonhos e aquilo que
gostam… e foi isso que fiz ao ingressar neste mestrado.
Como te sentes a cantar para
centenas de pessoas?
É ótimo! Uma sensação indiscritível. Há sempre aquele nervoso inicial, mas a partir do momento em que piso o palco isso desaparece momentaneamente. É um carinho sincero que recebo no meu coração e que levo comigo para sempre, recordando aquela ternura, os olhares doces/amargos (pois não agradamos a todos) que por breves minutos me fazem sonhar.
Qual o espetáculo que deste, que
mais te entusiasmou e onde foi?
Ui… Não tenho nenhum específico, pois todos eles
são diferentes. Mas, lembro-me que com a minha primeira banda (Notas Soltas),
demos alguns concertos que me ficarão na lembrança, como o de Vilarinho (Lousã)
e na feira anual de São João na Lousã.
Com o Kremlin havia dois locais sagrados
(pelo menos para mim) que amava tocar pela envolvência do público que tínhamos.
Um deles era em Figueiró do Campo (Soure) e o outro em Sarzedo (Arganil). Ainda
hoje, quando recordo bate uma saudade imensa.
Como te descreves, quem é a Liliana
Castro?
Isso é sempre uma pergunta bicuda pois é sempre
difícil fazermos a nossa própria avaliação, mas vou tentar. A Liliana é uma
mulher muito bem-disposta, simpática, sonhadora, lutadora. Mas, sou muito
teimosa e por vezes não entendo a complexidade emocional de algumas pessoas.
Sou muito independente, mas ao mesmo tempo não gosto de estar sozinha. Não me
entrego facilmente à amizade nem ao amor e sou muito insegura. Sou extremamente
ligada à minha família, são a minha razão de viver. Tenho um sorriso fácil,
mesmo da minha natureza, mas que muitas vezes esconde a profundeza de muitas
tristezas.
A quem contas primeiro as tuas
alegrias ou as tuas tristezas?
À minha irmã… Sem dúvida alguma. A minha irmã
sabe tudo da minha vida, amo-a incondicionalmente. Não preciso dizer que estou
mal ou que preciso de alguma coisa que ela percebe logo. Preciso sempre da
opinião dela para me sentir segura a dar um passo nas minhas decisões. A nossa
união para além de amizade, tem os laços mais profundos: os de amor, de
família, de sangue e irmandade. Enfim… é a minha vida!
Se pudesses o que mudavas no
mundo?
A pobreza e os maus tratos infantis e a animais.
Revolta-me o mau trato animal e infantil por serem dos seres mais puros e doces
ao cimo da terra. Há pessoas que realmente não nascem para serem pais nem para
terem um animal ao seu lado. Para além disso, custa-me ver histórias de pobreza,
de pessoas cheias de sonhos que são desfeitos pelas vicissitudes da vida.
Crianças de olhos brilhantes que anseiam ter uma simples boneca ou um mero
carrinho, mas que acabam por viver na plenitude da inocência… a inocência da
infância. Penso que são as situações que mais me tocam e que me fazem parecer
que a vida é errada e injusta.
Sei que praticas crossfit, que
cuidados tens com o teu corpo?
Eu sou fã de desporto, preciso disso para me
alimentar a vida, a minha alegria e a minha energia. O Crossfit é o novo
“vício” que me tem vindo a preencher. É um desafio contínuo só para amantes de
desporto. Se tivesse mais tempo ainda fazia mais. Cuidados com o corpo? Tenho
bastantes! Tenho cuidado essencialmente com a alimentação, por questões de
bem-estar e saúde. Não como hidratos de carbono à noite, não como pão, como
cozidos e grelhados e muitos legumes. Não sou obcecada, simplesmente é o meu
único vício e pelo menos saudável.
Cantora, ginásio, dois trabalhos
a part-time, animais, como há tempo para isto tudo?
É uma questão de organização. Já não vivo sem
agenda, mas se gerirmos bem o nosso tempo é tudo muito mais fácil. Tenho tempo
de ter os dois trabalhos, ir ao ginásio, dar mimo ao meu cão, estar com a minha
família e lá no meio ainda consigo estar com os meus amigos. É óbvio que há
poucas ou quase nenhumas “noitadas”, há menos tempo para mim, mas são
opções/escolhas que se fazem, com a perspectiva de ter, quiçá, um futuro mais
desafogado.
Qual o momento mais feliz na tua
vida?
Isso é uma pergunta muito cruel porque não tenho na minha vida um único momento feliz… Felizmente tenho imensos momentos felizes com os que amo. A minha afilhada enche-me o coração com toda a alegria contagiante que a caracteriza, a minha irmã é a minha alma-gêmea, logo por aí temos momentos de uma cumplicidade tal capaz de ser descrita. Os meus pais são os meus amores, um amor insubstituível e inquestionável que basta um olhar, um abraço para perceber o quão significante sou na vida deles. E é tão bom quando sinto que sou o orgulho deles! O meu cão que está sempre feliz por me ver quando chego a casa e me enche de “beijinhos” e pinotes, tal “cão a pilhas”. Tenho os meus amigos de sempre que, embora nem todos estejam perto, estão presentes na minha vida de qualquer forma. Depois, tenho os momentos na música e no ginásio, onde abro a minha alma e o meu coração e descarrego todas as minhas energias. Resumindo: Sou uma pessoa feliz, embora com sonhos por completar, mas com um coração cheio para dar a quem mais amo… E é tão bom dar amor, distribuir sorrisos e abraços àqueles que nunca nos viram as costas…
Que
gostavas de fazer na vida que ainda não fizeste?
Como
disse anteriormente sou uma sonhadora nata e estou continuamente a idealizar
“mundos ideais” na minha cabeça. Mas, adorava ir à Disneylândia Paris… Todos
temos uma criança dentro de nós e a minha estará sempre acesa J
Para além disso, adorava ter um mini cooper e finalizar o meu mestrado. Todo o resto sou eu que terei de conquistar durante o meu percurso de vida… Como a felicidade, realização profissional… Nós é que construímos os nossos estados de espírito e a nossa vida futura.
Para além disso, adorava ter um mini cooper e finalizar o meu mestrado. Todo o resto sou eu que terei de conquistar durante o meu percurso de vida… Como a felicidade, realização profissional… Nós é que construímos os nossos estados de espírito e a nossa vida futura.