sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Entrevista a Nuno Couto

   Nuno Couto, 38 anos um Ereirense que vive a sua terra intensamente. Saudades do passado, novos desejos e ideias para o futuro, é aquilo que nos transmitiu um jovem que muito deu e muito mais gostaria de dar à sua terra de sempre. Barbeiro de profissão, amor já muito antigo e que conseguiu concretizar com muito empenho e dedicação.

 
 
 
 
 
Como foi na tua juventude, gerir e ensaiar um grupo com dezenas de jovens e apresentar com eles espetáculos de grande qualidade, baseado no programa de grande sucesso na altura "Chuva de Estrelas"?

  Foi fácil e ao mesmo tempo especial. Fácil porque tive a sorte de apanhar um grupo de jovens, para mim a geração de ouro da Ereira, que tornavam tudo fácil. É fácil lembrar jovens que começaram a cantar na altura, (não quero falar em nomes para não correr riscos de esquecer alguém) hoje são verdadeiros sucessos. Especial porque foram momentos únicos que me deixam saudades e cheio de orgulho.
 
 
 
 
O que recordas com mais saudade desses tempos?
 
 
  É difícil recordar um momento em particular mas os espetáculos eram momentos únicos, o nervosismo a ansiedade a duvida se não falhava nada, mas não posso esquecer aquele momento em que um ciclista caía várias vezes na volta em bicicleta, que por sinal eras tu, ou o Cláudio e a Filipa a cantarem ao vivo pela primeira vez em palco são momentos que não se esquecem facilmente.
 
 
 

Quem eram os teus melhores amigos de infância?
 
 
  Os meus vizinhos, colegas de escola , não consigo individualizar um em particular, a não ser claro o meu irmão.
 
 
 
 
O que querias ser quando fosses grande?
 
 
Sempre tive uma grande vontade de ser Barbeiro e felizmente consegui.

 
 
 
Guarda-redes, massagista, dançarino, conta-nos como estas experiências vão aparecendo na tua vida?
 
 
 
  Ó Tiago Guarda-redes não ofendas os verdadeiros Guarda-redes, nos tempos de escola de um modo geral só jogava em duas situações ou porque eram poucos, ou era eu o dono da bola. Nos nossos jogos de segunda feira à noite é que sugeriram que eu ocupasse esse lugar, penso que era para não os atrapalhar. Dançarino sempre gostei de folclore estive ligado ao folclore dos 6 anos até aos 30 anos. Massagista lembras-te com certeza que também estive ligado ao futebol feminino, nessa altura quando havia lesões nas atletas recorria a amigos que conhecia da Naval, e fui-me interessando pela massagem, achava interessante o simples facto de só com as mãos conseguires tratar algumas lesões nesse aspeto devo agradecer ao Luís Pinto e a um grande amigo que já não esta entre nós o Bispo, tudo o que me ensinaram pois apesar de ter tirado o curso foi com eles que aprendi muita coisa.
 
 

 
Quem é hoje o Nuno Couto, como te descreves?
 
 
  Posso dizer que sou um homem bastante feliz, trabalho na profissão que gosto tenho uma mulher e um filho que Amo bastante e que em conjunto com a minha restante família, acho que me posso sentir feliz.
 
 

 
O que significa para ti hoje em dia, o folclore?
 
 
  O folclore é e sempre foi uma forma de recordar os usos e costumes das regiões, só assim ainda hoje recordamos muitas canções, danças, festas. Na Ereira devemos orgulhar-nos do nosso rancho. 
 
 
 
 
Como chegaste à profissão de barbeiro?
 
 
  Como já disse sempre foi uma profissão que gostei, em pequeno quando ia com a minha mãe á Figueira da Foz fascinava-me ver o meu “Tio Lapa” a trabalhar com os seus clientes. Mais tarde surgiu a oportunidade de aprender, o meu Tio vinha á Ereira para ensinar o meu primo Gonçalo, o Óscar e o meu irmão e eu pedi-lhe também para aprender, depois comecei a trabalhar na Figueira com o Nosso amigo Fernando Cação, com o Fernando trabalhei durante 20 anos, hoje estou num salão na Tocha “Barbearia Couto”.
 

 
 
Qual foi cliente mais exigente que já te apareceu e como foi a situação?
 
 
 
  Não foi uma questão de exigência, mas a situação engraçada para mim foi num festival de penteados em que participei, o modelo com que eu estava a trabalhar já era meu cliente à anos, eu tinha feito aquele corte inúmeras vezes, mas naquele dia tremia parecia uma vara verde.
 
 

 
Hoje em dia quem são as pessoas mais importantes na tua vida?
 
 
 
  Sem dúvida o meu filho a minha mulher e a minha família.

 
 
 
 
Sempre foste muito defensor da tua terra, patriótico, apoiante dos costumes culturais, se te dessem oportunidade o que gostavas de organizar na Ereira?

 
 
    Sem duvida tenho pena do nosso teatro estar penso eu, um pouco desativado.

 
 
 
 
Conta-nos uma situação caricata que te tenha acontecido na infância?
 
 
 
  Tantas, mas tive uma situação nas nossas cheias, no caminho para o campo de futebol havia as valas que delimitavam o caminho, tive azar a água subiu não tive isso em atenção, tive um mergulho inesperado. 

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