segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Entrevista a João Ferreira


 
  João Ferreira, 37 anos , membro da claque da Académica "Mancha Negra" . Um apaixonado pelo seu clube, pela sua cidade, pela vida. Simples, pacato, sincero e tranquilo (quando não está a ver a Académica jogar). Uma mistura explosiva, entre a serenidade do quotidiano e os 90 minutos de um jogo da Académica onde tranquilidade ė sentimento impossível.






     Explica-nos essa paixão pela Académica, como começou?


  A paixão pela Académica começou por volta dos 5 anos, quando comecei a ir ao velhinho calhabé com o meu pai ver os jogos, no tempo dos jogos ao domingo à tarde com estádios cheios. Cresci a ver a Académica, é o meu clube.



    Quem é o João Ferreira, como te descreves?


  É sempre difícil para mim me descrever, mas talvez uma pessoa calma, reservada, verdadeira, que gosta muito de passar despercebida, que detesta falsidade e hipocrisia.

 
 
 
      Sei que tens uma paixão também pelos automóveis, quais pedias que te oferecessem?
 
  Sim adoro carros, e a minha marca de sonho é a Aston Martin, por mim podia ser qualquer dessa marca. O meu preferido talvez o vantage s.
 
 
 
 
       Tens muito jeito para fazer belos pratos, quais as tuas especialidades?
 
 
  A cozinha surgiu à pouco tempo, estimulado pela namorada, descobri este talento escondido, a minha especialidade? Talvez o risoto de cogumelos Portobello, fica sempre bom ou a açorda de camarão. Mas ainda me falta experimentar os doces.

 
 
 
   Qual o momento mais marcante para ti a ver a tua Académica a jogar?
 
 
   Sem duvida a vitória na taça de Portugal com o Sporting, foi um dia inesquecível ,o sonho de vida concretizado, nem consegui ver os últimos minutos, já chorava, não respirava foi um sufoco, mas quando acabou foi uma explosão de alegria, ainda hoje me arrepio ao ver imagens desse dia. Outro a ida a Madrid com o Atlético para a liga Europa, desde a véspera até ao regresso foram 3 dias em que dormi umas 5 horas, só queria era aproveitar cada momento, e também vão ficar na memória. E claro a subida de divisão com o Estoril em Coimbra, depois de 10 anos na 2ª divisão foi uma grande alegria esse regresso à 1ª divisão.

 
 
 
     Conta-nos um ou dois episódios caricatos vividos por ti pela mancha negra?
 
 
   Um que me lembro sempre foi numa ida a santo Tirso no carro do nosso presidente J.P. à passagem pelo porto o meu amigo João Francisco se lembrou de por o cachecol de fora para marcar a nossa passagem, quando de repente o cachecol voou pela janela, tivemos de parar o carro simular uma avaria e esperar uns 20 minutos que ele fosse a pé auto estrada fora procurar o cachecol, mas recuperou o e la seguimos viagem e ganhamos o jogo. Também recordo uma ida a Aveiro de comboio em que no regresso apanhamos boleia no autocarro da equipa. Enfim são tantos, em todas as viagens há historias para contar.

 
 
 
 
 
      Qual o estádio mais bonito onde já foste ver um jogo de futebol?
  

  Para mim e apesar de precisar de ser recuperado e ser antigo o mais bonito foi o estádio nacional, achei lindo. Outro que gosto muito por achar que seria o ideal para a Académica, o do Gil Vicente, à inglesa com bancadas em cima do relvado, e muito bonito por fora, acho excelente.




     Como é fazer parte da claque da Académica “Mancha Negra”?
  

  É fazer parte de uma família, passei lá os melhores momentos da minha vida, é uma claque com um espírito incrível, diferente, original, da qual tenho muito orgulho de pertencer.

 
 
 
 
  Quem eram os teus melhores amigos de infância? Como se divertiam?
 

  Eram alguns colegas de escola e vizinhos da minha rua, e tínhamos as brincadeiras normais daquela altura, jogar á bola na rua até não haver luz, andar de bicicleta, enfim andar à vontade na rua sem perigos, algo que se perdeu infelizmente.

 
 
 
 
 Se pudesses o que mudavas na tua vida?
  

  Acho que não mudava nada, as coisas são como são, se a vida tivesse um guião não tinha piada nenhuma, fiz asneiras e cometi erros como toda a gente, mas sempre tentei ser a melhor pessoa possível, e voltar a trás e mudar era fazer batota, vivo um dia de cada vez, e no fundo dentro do possível acho que tenho sido feliz e tenho tido uma vida boa.



 
   Ser de Coimbra é ser diferente? Como é viver em Coimbra?


  Para mim ser de Coimbra é ser especial e diferente.É uma cidade única e com um encanto especial, como diz o fado na hora da despedida mas não só tem sempre esse encanto. É a minha cidade.
 

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